domingo, 23 de dezembro de 2012

Doutorado Sanduíche pelo CsF e Visto J1 para os EUA


Nesse post falarei sobre o processo de obtenção da bolsa do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e do visto de estudante para os Estados Unidos.
Acho muito importante fazer doutorado sanduíche no exterior (SWE), principalmente em um país que fale inglês. A experiência e o aprendizado são para a vida toda. No meu caso é mais complicado já que sou casada, ficar tanto tempo fora será difícil, mas sabemos que valera a pena.
O primeiro passo é escolher o laboratório (ou grupo de pesquisa) que você quer ir e entrar em contato com eles. No meu caso fui aceita no que escolhi como a primeira opção, mas conheço gente que teve que entrar em contato com vários até ser aceita. Como minha pesquisa é com miRNA procurei nos autores de artigos que tenho lido para encontrar alguém que publicasse muito e depois jogava o nome da pessoa no google. Escolhi o laboratório Dr. Carlo Croce, da Ohio State University, um dos mais importantes pesquisadores da área. Meu orientador entrou em contato e falaram que eu podia ir fazer o que quiser (bem aberto o laboratório). Vejo muita gente escolhendo a cidade que gostaria de morar e depois procura o grupo, nem preciso falar que isso é errado né?! E muitos fogem dos EUA, apesar de ter as melhores universidades, para ir para Portugal por não falarem inglês, acho um absurdo isso. Ir porque é melhor para o doutorado é uma coisa, ir por não saber outra língua é outra, e sou contra a segunda opção. Se eu fosse escolher pela cidade iria para Roma, e não Columbus.
Depois de tudo certo com o pessoal do exterior, é preciso providenciar os documentos listados no site do CsF e submeter o pedido. Tem que ficar de olho no calendário. Nesse caso o aluno que submete o pedido, não o orientador como nos editais do CNPq e Capes. Depois é só esperar.
No meu caso foi assim (não sei se é igual para todos):
-Recebi o email informando que recebi a bolsa com um link, onde coloquei o procurador (meu orientador) e a conta corrente
-Depois recebi um link com o Termo de Concessão e Aceitação, o qual realizei o envio eletronico
-Recebi depois um e-mail com a Carta de Benefícios
-Depois disso recebi outro e-mail avisando que o Termo de Concessão foi assinado digitalmente pelo representante legal do CNPq, que tb consta em que folha de pagamento minha bolsa entra
-E uns dias depois recebi o Termo de Concessão assinado digitalmente pelo CNPq
Recebi os auxílios (seguro saúde, passagem de ida, auxilio instalação e os 3 primeiros meses da bolsa) aqui no Brasil na conta que indiquei ao CNPq. Recebi muito rápido, no fim de setembro sendo que o resultado da bolsa saiu no meio de setembro! Em outubro recebi a Carta de Benefícios pelos correios. Após aprovada a bolsa eu comecei o procedimento para tirar o visto de estudante (J1).
Após receber a carta de benefícios eletronicamente enviei a mesma à coordenadora do laboratório que vou para dar inicio ao DS-2019. Pelo que vi cada universidade pede algo, no meu caso enviei a carta e meu currículo. Um mês depois recebi em casa o DS-2019 junto com as instruções para tirar o visto J1, dicas para a entrevista e propaganda de vários serviços. É preciso assinar o DS-2019, e lá tem escrito que o estudante pode entrar 30 dias antes da data de início do documento e até 15 dias depois dessa data, caso contrário tem que pedir outro ds. E tem mais 30 dias após a data final para sair dos EUA.
Com o DS-2019 em mãos, preenchi e paguei a taxa SEVIS ($180). É importante salvar e imprimir o comprovante na hora. É necessário leva-lo ao CASV, caso não seja impresso ou salvo é necessário fazer tudo de novo, inclusive pagar a taxa novamente! Depois preenchi o formulário DS-160 (precisa de foto e é meio demorado), paguei a taxa e agendei a entrevista ecoleta de dados.
O primeiro passo é ir ao CASV (aqui em Brasília é no Venâncio 2000). Foi bem rápido, não fiquei mais que 15 minutos. Levei o passaporte (o italiano também caso pedissem, pois sempre o utilizo em viagens para os EUA), o DS-2019, o comprovante de pagamento da taxa SEVIS e a página de confirmação do DS-160. Lá eles tiram foto (não precisa levar a 5x7, gastei dinheiro à toa) e coletam as impressões digitais. No dia seguinte fui à embaixada para a entrevista. É com horário marcado, então mesmo chegando cedo você será atendido somente no horário marcado. Tinha uma fila, mas não fiquei mais do 30min na embaixada. A entrevista para visto de estudante é em inglês. No meu caso a pessoa só me perguntou o que eu faria e como iria me manter, quando ela viu que era pelo CsF já me deu o visto. Foi bem tranquilo. Eu optei por buscar meu passaporte no CASV, fiquei com medo de os correios ou quem está fazendo a entrega perder o mesmo. Eles me falaram que eu receberia um e-mail quando ficasse pronto, mas entrei no site 5 dias depois da entrevista e eu já podia busca-lo. Precisa marcar horário. O ds-2019 deve ser mostrado na imigração, por isso guarde-o bem.
Então é isso. Depois de ter o visto em mãos começam os preparativos. A passagem comprei pela Delta (mais barato, e AA nunca mais). Comprei somente ida já que não sei exatamente a data de volta, e pelos meus cálculos comprar ida+volta ficaria pouca coisa mais em conta que comprar separado. Como só tinha dinheiro para uma passagem, comprei só ida. Detalhe: se comprar com a Delta por telefone eles dividem a passagem em até 5 vezes sem juros, pelo site não dá para dividir.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Munique – final da viagem e a volta pra casa


Pegamos o trem cedo de Salzburg para Munique, foi rápida a viagem e tranquila, bastante lugar pra sentar. Chegamos à estação central de Munique, a Hauptbanhof, e de lá fomos rapidamente ao Euro YouthHostel, que fica bem próximo a estação, e deixamos nossas malas no luggageroom. Como tínhamos o Bayern Ticket comemos batata frita na estação de trem e de lá fomos para Dachau. É rápido e fácil chegar lá, pra quem não sabe nada de alemão é só seguir os muitos turistas que todos vão para Dachau. Lá é bem grande, tem um museu pudemos ver como era o campo de concentração, as camas, câmaras de gás, entre outros. Isso foi à tarde, o passeio lá demorou umas 2h. De lá voltamos ao albergue, colocamos nossas coisas no quarto (bem grande, com pia e TV,. tudo em alemão!), banheiro compartilhado e que infelizmente sempre estava gelado, parecia que deixavam a janela aberta, mas bem limpo,e fomos a uma pizzaria e restaurante que tem na esquina do albergue chamada C’a D’oro, muito boa. A pizza é bem gostosa, assim como as italianas da Itália, e só tem italiano no local, adorei treinar meus italianos novamente, muito simpáticos eles, um conhecia o Brasil mais que a gente. Italiano falando alemão é muito engraçado. De lá demos uma volta pela cidade, a via principal leva até a Rathaus e é bem movimentada.
Resolvi terminar de escrever o relato somente um ano depois, por isso não lembro detalhadamente o que fizemos.  A cidade é bem bonita e tem muita coisa para ver. Gostei muito da Rathaus, do Allianz Arena (gigante) e do Deutsches Museum (amei muito, um dia é pouco para ver tudo).  Fomos também para o castelo Neuschwanstein, um passeio que vale muito, muito a pena. É lindo o castelo, a paisagem, tudo. Chegar lá é fácil, na estação de trem eles ensinam direitinho.
Um bar muito bom que nós fomos é o Abseits Rock bar, Fica perto de uma estação do metro, fácil de chegar. Nesse bar só toca metal e a cerveja é Franziskaner , muito boa. No ano novo esperamos a contagem na Rathaus, não teve nada, nem fogos pagos pela prefeitura, o que teve de fogos foi o que o pessoal soltou. Depois fomos para o bar e ficamos lá até 6am, quando o metro volta a funcionar.
Infelizmente esse não foi detalhado como os outros.
Avaliação de Munique:

Arquitetura: 4
Comida: 4
População: 5
Organização: 5
Segurança: 4
Natureza: 3
Custos: 3







TAX FREE 
Na Europa existe o Tax Free. Quem é turista pode pedir reembolso das taxas, para isso tem que pedir o Tax Free em todas as compras que for possível. Cada país tem suas regras, é só procurar no google mesmo. Mas vale a pena viu, pegamos de tudo.
Mas foi super complicado conseguir isso! Estávamos em Munique e tínhamos que pegar os carimbos na alfandega das coisas que não iriam na mala de mão. Nosso voo era 6h se não me engano e quando chegamos no aeroporto (21h) a alfandega já estava fechada (aliás, o aeroporto de Munique é super tranquilo pra dormir!). O povo da cia aérea assegurou que às 4h estaria aberta a alfandega e o guichê pro check-in. Que nada, conseguimos fazer o check-in só 4:30h e fomos correndo pra alfandega. Chegamos lá, ninguém. Esperamos um pouco então meu marido foi perguntar aos seguranças, e eles afirmaram que já devia estar aberto e foram atrás dos funcionários da alfandega. Uns 15min depois chegou um cara super mal humorado e super grosso. Colocamos lá as notas do que iríamos despachar na mala e abrimos as mochilas pra mostrar tudo. Mas tínhamos comprado tudo na Itália. Aí foi o tempo todo ele perguntando o que estava nas notas (já que estava tudo em italiano), pedia pra ver (nem via quantidade) e carimbava. No final como eram muitas notas e ele não sabia o que estava escrito nelas, ele carimbou tudo e pronto. 
Dos produtos que estavam na bagagem de mão devíamos pegar o carimbo em Portugal, mas lá novamente não tinha ninguém na alfandega. Desistimos de pegar desses pois só tínhamos 1h em Lisboa e só era dos óculos. Depois que vimos que se tivéssemos colocado todos como se fossemos despachar tudo, o cara na Alemanha teria carimbado todos!
Enviamos pelos correios já aqui no Brasil. Acho que foi 2 reais cada carta. Demorou um pouco, enviamos em janeiro e só terminamos de receber o dinheiro em maio, tudo depositado na nossa conta.
Apesar do nervoso por causa do tempo valeu a pena, recebemos quase 500 reais de volta! Mas também pegamos nota de tudo que dava pra pegar!
Não deixem pra pegar o carimbo em cima da hora, pode não dar tempo. Várias pessoas que estavam na fila em Munique atrás da gente desistiram pra não perder o voo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Columbus, OH e Ciência sem Fronteiras

Em janeiro vou para Columbus (Ohio) na Ohio State University e ficarei 10 meses lá no Doutorado Sanduíche. Recebi bolsa do programa Ciência sem Fronteiras e vou para lá. Vou sozinha, o marido e o cachorro vão ficar aqui em Brasília. Já estou com saudades daqui.
Por isso o blog passará a ser sobre a minha estadia lá e viagens pelo país.
Até janeiro pretendo postar sobre Munique, e se der sobre nossa viagem apara a Venezuela.