Nesse post falarei sobre o processo de obtenção da bolsa do
programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e do visto de estudante para os Estados
Unidos.
Acho muito importante fazer doutorado sanduíche no exterior
(SWE), principalmente em um país que fale inglês. A experiência e o aprendizado
são para a vida toda. No meu caso é mais complicado já que sou casada, ficar
tanto tempo fora será difícil, mas sabemos que valera a pena.
O primeiro passo é escolher o laboratório (ou grupo de
pesquisa) que você quer ir e entrar em contato com eles. No meu caso fui aceita
no que escolhi como a primeira opção, mas conheço gente que teve que entrar em
contato com vários até ser aceita. Como minha pesquisa é com miRNA procurei nos
autores de artigos que tenho lido para encontrar alguém que publicasse muito e
depois jogava o nome da pessoa no google. Escolhi o laboratório Dr. Carlo Croce,
da Ohio State University, um dos mais importantes pesquisadores da área. Meu
orientador entrou em contato e falaram que eu podia ir fazer o que quiser (bem
aberto o laboratório). Vejo muita gente escolhendo a cidade que gostaria de
morar e depois procura o grupo, nem preciso falar que isso é errado né?! E
muitos fogem dos EUA, apesar de ter as melhores universidades, para ir para
Portugal por não falarem inglês, acho um absurdo isso. Ir porque é melhor para o doutorado é uma coisa, ir por não saber outra língua é outra, e sou contra a segunda opção. Se eu fosse escolher
pela cidade iria para Roma, e não Columbus.
Depois de tudo certo com o pessoal do exterior, é preciso
providenciar os documentos listados no site do CsF e submeter o pedido. Tem
que ficar de olho no calendário. Nesse caso o aluno que submete o pedido, não o
orientador como nos editais do CNPq e Capes. Depois é só esperar.
No meu caso foi assim (não sei se é igual para todos):
-Recebi o email informando que recebi a bolsa com um link,
onde coloquei o procurador (meu orientador) e a conta corrente
-Depois recebi um link com o Termo de Concessão e Aceitação, o qual realizei o envio eletronico
-Recebi depois um e-mail com a Carta de Benefícios
-Depois disso recebi outro e-mail avisando que o Termo de Concessão foi assinado digitalmente pelo representante legal do CNPq, que tb consta em que folha de pagamento minha bolsa entra
-E uns dias depois recebi o Termo de Concessão assinado digitalmente pelo CNPq
-Depois recebi um link com o Termo de Concessão e Aceitação, o qual realizei o envio eletronico
-Recebi depois um e-mail com a Carta de Benefícios
-Depois disso recebi outro e-mail avisando que o Termo de Concessão foi assinado digitalmente pelo representante legal do CNPq, que tb consta em que folha de pagamento minha bolsa entra
-E uns dias depois recebi o Termo de Concessão assinado digitalmente pelo CNPq
Recebi os auxílios (seguro saúde, passagem de ida, auxilio
instalação e os 3 primeiros meses da bolsa) aqui no Brasil na conta que
indiquei ao CNPq. Recebi muito rápido, no fim de setembro sendo que o resultado
da bolsa saiu no meio de setembro! Em outubro recebi a Carta de Benefícios
pelos correios. Após aprovada a bolsa eu comecei o procedimento para tirar o
visto de estudante (J1).
Após receber a carta de benefícios eletronicamente enviei a
mesma à coordenadora do laboratório que vou para dar inicio ao DS-2019. Pelo
que vi cada universidade pede algo, no meu caso enviei a carta e meu currículo.
Um mês depois recebi em casa o DS-2019 junto com as instruções para tirar o
visto J1, dicas para a entrevista e propaganda de vários serviços. É preciso
assinar o DS-2019, e lá tem escrito que o estudante pode entrar 30 dias antes
da data de início do documento e até 15 dias depois dessa data, caso contrário
tem que pedir outro ds. E tem mais 30 dias após a data final para sair dos EUA.
Com o DS-2019 em mãos, preenchi e paguei a taxa SEVIS
($180). É importante salvar e imprimir o comprovante na hora. É necessário
leva-lo ao CASV, caso não seja impresso ou salvo é necessário fazer tudo de
novo, inclusive pagar a taxa novamente! Depois preenchi o formulário DS-160
(precisa de foto e é meio demorado), paguei a taxa e agendei a entrevista ecoleta de dados.
O primeiro passo é ir ao CASV (aqui em Brasília é no
Venâncio 2000). Foi bem rápido, não fiquei mais que 15 minutos. Levei o
passaporte (o italiano também caso pedissem, pois sempre o utilizo em viagens
para os EUA), o DS-2019, o comprovante de pagamento da taxa SEVIS e a página de
confirmação do DS-160. Lá eles tiram foto (não precisa levar a 5x7, gastei
dinheiro à toa) e coletam as impressões digitais. No dia seguinte fui à
embaixada para a entrevista. É com horário marcado, então mesmo chegando cedo
você será atendido somente no horário marcado. Tinha uma fila, mas não fiquei
mais do 30min na embaixada. A entrevista para visto de estudante é em inglês.
No meu caso a pessoa só me perguntou o que eu faria e como iria me manter,
quando ela viu que era pelo CsF já me deu o visto. Foi bem tranquilo. Eu optei
por buscar meu passaporte no CASV, fiquei com medo de os correios ou quem está
fazendo a entrega perder o mesmo. Eles me falaram que eu receberia um e-mail
quando ficasse pronto, mas entrei no site 5 dias depois da entrevista e eu já
podia busca-lo. Precisa marcar horário. O ds-2019 deve ser mostrado na
imigração, por isso guarde-o bem.
Então é isso. Depois de ter o visto em mãos começam os
preparativos. A passagem comprei pela Delta (mais barato, e AA nunca mais).
Comprei somente ida já que não sei exatamente a data de volta, e pelos meus
cálculos comprar ida+volta ficaria pouca coisa mais em conta que comprar
separado. Como só tinha dinheiro para uma passagem, comprei só ida. Detalhe: se
comprar com a Delta por telefone eles dividem a passagem em até 5 vezes sem
juros, pelo site não dá para dividir.
Olá,
ResponderExcluirmuito bacana o seu Blog.
Eu estou fazendo doutorado em computação e pretendo fazer um sanduíche no ano que vem. Será que poderiamos conversar um pouco por email ?
Que bacana que você também vai pra THE Ohio State University. Vou em janeiro pra Columbus, pra Escola de Engenharia William G. Lowrie.
ResponderExcluirBoa sorte!