quinta-feira, 5 de março de 2015

Próximo destino: Beijing, China


É, faz bastante tempo que o blog não é atualizado. O post sobre Caracas e Los Roques está pronto, e nesse tempo sem atualizar o blog viajamos para New York, Cleveland, Cincinnati, Indianapolis, Chicago, Miwalkee e Florianópolis. Quem sabe um dia ainda não escrevo sobre.
Provavelmente as próximas atualizações serão sobre a China. Está sendo complicado achar informações completas e recentes em português. 
E quando eu falo que vou viajar para Beijing muita gente me pergunta "mas por quê?". Olhem as fotos no google, não tem como não querer conhecer! As pessoas legais, lógico, que falam "que legal".
Essa 'maluquice' começou quando o dólar começou a subir muito. Inicialmente iríamos para Miami em abril fazer um cruzeiro e conhecer a parte dos EUA que nem é tão americana assim. Mas eu estava sem muita vontade, ainda não tinha pesquisado nada sobre. E eu adoro planejar viagem, em novembro ainda não sabia nada sobre o lugar. Só que o dólar subiu e começamos e cogitar viajar para outro lugar. 
Uma amiga foi para a Tailândia recentemente e me disse que levou $1000 para pagar tudo por 20 dias, menos passagem, e foi o suficiente. Falei com o marido "vamos pra Ásia" e ele disse para eu ver quanto ficava. Comecei a pesquisar o preço da passagem para vários destinos na Ásia e sempre por volta de $1300 saindo de Brasília. Mas para Beijing achei por $950 por 15 dias. Perturbei o marido por 15 minutos até que ele disse "compra logo então essa passagem!". E foi assim que escolhemos o destino da nossa próxima viagem. Iremos no fim de abril, e já vi que é uma das melhores épocas para visitar a cidade.
Estamos agora resolvendo tudo da viagem, iremos na embaixada em breve para tirar o visto. São muitos lugares para visitar, temos muita coisa para decidir ainda. Pretendo provar várias comidas diferentes, inclusive insetos. E compras já vimos que iremos voltar cheios de tranqueiras desnecessárias. Pelo que andei lendo roupa e sapato nem me arrisco, pelas falsificações e provavelmente não ter o meu tamanho.
Também estou aprendendo o básico de chines, e ainda bem que tenho amigo chineses que estão me ajudando muito, traduzindo várias coisas para mim. Confesso que agora estou pensando em fazer curso de chines. Um amigo até me ajudou com nossos nomes em chines, que segundo ele descreve nossas personalidades, mas o do Wendell é mais legal.

温德尔 /'Wen 'de 'er/: warm-hearted and morally upright. [Last name: 温; first name: 德尔]

馬赛娜 /'Ma 'sai 'na/: as lovely & competitive as an energetic young lady horse. [Last name: 馬; first name: 赛娜]




Vou atualizando aqui aos poucos. E antes da viagem pra China postarei sobre a Venezuela.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Chegando em Columbus e Várias Dicas


Voo e chegada

Meu voo foi pela Delta. A dica é comprar no Decolar ou ligar para a central de atendimento para comprar a passagem, no site da Delta não dividem o valor. O trecho foi Brasília-Atlanta e depois Atlanta-Columbus. O voo BSB-ATL foi bem tranquilo, mas estava cheio. As refeições foram boas, o café da manhã estava bem gostoso. Eu até consegui dormir, geralmente não consigo. Acho também que foi graças ao Kao Megurhythm Steam Hot Eye Mask, adorei, me ajudou a relaxar.

Em Atlanta passei pela imigração, que foi bem tranquilo. Pedem o passaporte, o DS-2019, e a carta do CNPq falando sobre a bolsa. Fizeram algumas perguntas sobre datas e só. O aeroporto de Atlanta é bem grande, mas não tem muitas opções de comida (pelo menos no terminal que eu estava). Esperando o voo para Columbus identifiquei várias pessoas que pegariam o mesmo voo, pois tinha bastante gente com camiseta da OSU. O voo ATL-CMH também foi bem tranquilo, e fiquei surpresa ao ver distribuindo pretzel, o equivalente ao amendoim que a gol distribuía, já que eles não distribuem refeição no voo.Pela janela do avião já dava para ver que em Columbus estava muito frio, era só neve. Chegando ao aeroporto peguei a mala e fui para o hostel. Fiquei no The Wayfaring Buckeye Hostel, bem legal e bem localizado, tem uma linha do CABS que passa pertinho. Fiquei lá até achar um apartamento ou quarto para me mudar.

Uma dica importantíssima: tragam somente uma mala. Eu já fiz tanta compra que é capaz de encher outra mala. Não vale a pena ficar trazendo coisa do Brasil, impossível não comprar nada aqui.
Assim que cheguei fui dar um passeio pela Ohio State University e conhecer o laboratório. Que campus gigante. Depois faço um post só sobre o campus.

Celular
Celular eu trouxe do Brasil um desbloqueado. Não é tão mais barato que no Brasil, e como meu marido ganhou da Claro o SIII ao trocar de plano eu trouxe o SII que era dele. Fui à T-Mobile e escolhi o plano 4G sem contrato anual, eu havia pesquisado antes na internet sobre as operadoras e seus planos e foi o que mais gostei e era recomendado. É engraçado que no ônibus todo mundo fica mexendo no celular. Recomendo muito um celular com Android (pode ser ios também) por causa do Viber. Ligo para o Brasil quase todo dia e não pago nada. Mas precisa ter internet no celular, e a pessoa que você quer falar precisa ter o app instalado também.

Apartamento
No dia seguinte saí atrás de um quarto ou apartamento para alugar. Têm várias imobiliárias perto do campus. Como cheguei em janeiro é complicado, já que o ano letivo começa em agosto, então só se consegue apartamento se alguém desistiu. Fui a várias, e somente uma tinha quarto para alugar, porém era só o quarto e banheiro compartilhado com muita gente, não gostei. Fui então ao The Commons on Kinnear e acabei fechando um quarto lá. Fica perto da Target, restaurantes e cinema. Estou gostando bastante, sempre tem comida de graça hahaha. Tem academia, piscina, e está tudo incluso no preço. A única coisa ruim é que só tem contrato por 1 ano, então ao final de julho tenho que sair. O quarto eu aluguei de outra menina. No meu apartamento moram mais 3 meninas e divido o banheiro com uma delas. O apartamento é todo mobiliado, e tem lavadora e secadora dentro dele. Tem o CABS que passa bem perto e me deixa muito perto do prédio em que trabalho.

CABS são os ônibus da universidade, são de graça e passam por toda a universiade.

Conta Banco e como trazer dinheiro
Abri conta no Chase. Os funcionários são bem legais, o gerente foi ótimo e o cartão ficou pronto na hora.
Dinheiro eu trouxe $500 em espécie e o resto em Traveler Check. Traveler Check é a melhor coisa, mesmo. Não paga taxa para comprar, a cotação é menor que em espécie ou Visa Travel Money e o IOF é o mesmo. Quando abri a conta no banco só peguei e depositei todos os TC nela, o banco não me cobrou nada. 
Não recomendo o Visa Travel Money, usei na Europa e tive problemas, resolvi nunca mais usar. Usei Traveler Check na viagem a São Francisco e foram muito bem aceitos, além de serem muito seguros! Se forem roubados é só passar o numero dos roubados que então recebe outros. É muito importante anotar o número de todos os traveler checks e ir riscando os que já foram usados, como forma de controle.
Fiz compras pela internet no meu cartão do Brasil. No fim valeu a pena pq comprei no inicio de janeiro e o dólar caiu! Vi muita gente falando besteira que comprar no cartão de crédito é roubada, mas nem é assim.

Seguro Saúde
Seguro de saúde fechei pelo que a universidade aqui recomendou. Não precisei usar então não tenho muito para falar.
Em até 30 dias tem que enviar ao CNPq os cartões de embarque, carta de inicio das atividades e comprovante do seguro de saúde.
Estou adorando a cidade. Muito tranquila mesmo, o povo é bem educado e simpático no geral. Mas é frio. E num dia neva, no outro chove e a neve derrete e faz aquela meleca. Ontem estava um super sol e agora mesmo começou uma nevasca, é meio doido o tempo aqui.


domingo, 23 de dezembro de 2012

Doutorado Sanduíche pelo CsF e Visto J1 para os EUA


Nesse post falarei sobre o processo de obtenção da bolsa do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e do visto de estudante para os Estados Unidos.
Acho muito importante fazer doutorado sanduíche no exterior (SWE), principalmente em um país que fale inglês. A experiência e o aprendizado são para a vida toda. No meu caso é mais complicado já que sou casada, ficar tanto tempo fora será difícil, mas sabemos que valera a pena.
O primeiro passo é escolher o laboratório (ou grupo de pesquisa) que você quer ir e entrar em contato com eles. No meu caso fui aceita no que escolhi como a primeira opção, mas conheço gente que teve que entrar em contato com vários até ser aceita. Como minha pesquisa é com miRNA procurei nos autores de artigos que tenho lido para encontrar alguém que publicasse muito e depois jogava o nome da pessoa no google. Escolhi o laboratório Dr. Carlo Croce, da Ohio State University, um dos mais importantes pesquisadores da área. Meu orientador entrou em contato e falaram que eu podia ir fazer o que quiser (bem aberto o laboratório). Vejo muita gente escolhendo a cidade que gostaria de morar e depois procura o grupo, nem preciso falar que isso é errado né?! E muitos fogem dos EUA, apesar de ter as melhores universidades, para ir para Portugal por não falarem inglês, acho um absurdo isso. Ir porque é melhor para o doutorado é uma coisa, ir por não saber outra língua é outra, e sou contra a segunda opção. Se eu fosse escolher pela cidade iria para Roma, e não Columbus.
Depois de tudo certo com o pessoal do exterior, é preciso providenciar os documentos listados no site do CsF e submeter o pedido. Tem que ficar de olho no calendário. Nesse caso o aluno que submete o pedido, não o orientador como nos editais do CNPq e Capes. Depois é só esperar.
No meu caso foi assim (não sei se é igual para todos):
-Recebi o email informando que recebi a bolsa com um link, onde coloquei o procurador (meu orientador) e a conta corrente
-Depois recebi um link com o Termo de Concessão e Aceitação, o qual realizei o envio eletronico
-Recebi depois um e-mail com a Carta de Benefícios
-Depois disso recebi outro e-mail avisando que o Termo de Concessão foi assinado digitalmente pelo representante legal do CNPq, que tb consta em que folha de pagamento minha bolsa entra
-E uns dias depois recebi o Termo de Concessão assinado digitalmente pelo CNPq
Recebi os auxílios (seguro saúde, passagem de ida, auxilio instalação e os 3 primeiros meses da bolsa) aqui no Brasil na conta que indiquei ao CNPq. Recebi muito rápido, no fim de setembro sendo que o resultado da bolsa saiu no meio de setembro! Em outubro recebi a Carta de Benefícios pelos correios. Após aprovada a bolsa eu comecei o procedimento para tirar o visto de estudante (J1).
Após receber a carta de benefícios eletronicamente enviei a mesma à coordenadora do laboratório que vou para dar inicio ao DS-2019. Pelo que vi cada universidade pede algo, no meu caso enviei a carta e meu currículo. Um mês depois recebi em casa o DS-2019 junto com as instruções para tirar o visto J1, dicas para a entrevista e propaganda de vários serviços. É preciso assinar o DS-2019, e lá tem escrito que o estudante pode entrar 30 dias antes da data de início do documento e até 15 dias depois dessa data, caso contrário tem que pedir outro ds. E tem mais 30 dias após a data final para sair dos EUA.
Com o DS-2019 em mãos, preenchi e paguei a taxa SEVIS ($180). É importante salvar e imprimir o comprovante na hora. É necessário leva-lo ao CASV, caso não seja impresso ou salvo é necessário fazer tudo de novo, inclusive pagar a taxa novamente! Depois preenchi o formulário DS-160 (precisa de foto e é meio demorado), paguei a taxa e agendei a entrevista ecoleta de dados.
O primeiro passo é ir ao CASV (aqui em Brasília é no Venâncio 2000). Foi bem rápido, não fiquei mais que 15 minutos. Levei o passaporte (o italiano também caso pedissem, pois sempre o utilizo em viagens para os EUA), o DS-2019, o comprovante de pagamento da taxa SEVIS e a página de confirmação do DS-160. Lá eles tiram foto (não precisa levar a 5x7, gastei dinheiro à toa) e coletam as impressões digitais. No dia seguinte fui à embaixada para a entrevista. É com horário marcado, então mesmo chegando cedo você será atendido somente no horário marcado. Tinha uma fila, mas não fiquei mais do 30min na embaixada. A entrevista para visto de estudante é em inglês. No meu caso a pessoa só me perguntou o que eu faria e como iria me manter, quando ela viu que era pelo CsF já me deu o visto. Foi bem tranquilo. Eu optei por buscar meu passaporte no CASV, fiquei com medo de os correios ou quem está fazendo a entrega perder o mesmo. Eles me falaram que eu receberia um e-mail quando ficasse pronto, mas entrei no site 5 dias depois da entrevista e eu já podia busca-lo. Precisa marcar horário. O ds-2019 deve ser mostrado na imigração, por isso guarde-o bem.
Então é isso. Depois de ter o visto em mãos começam os preparativos. A passagem comprei pela Delta (mais barato, e AA nunca mais). Comprei somente ida já que não sei exatamente a data de volta, e pelos meus cálculos comprar ida+volta ficaria pouca coisa mais em conta que comprar separado. Como só tinha dinheiro para uma passagem, comprei só ida. Detalhe: se comprar com a Delta por telefone eles dividem a passagem em até 5 vezes sem juros, pelo site não dá para dividir.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Munique – final da viagem e a volta pra casa


Pegamos o trem cedo de Salzburg para Munique, foi rápida a viagem e tranquila, bastante lugar pra sentar. Chegamos à estação central de Munique, a Hauptbanhof, e de lá fomos rapidamente ao Euro YouthHostel, que fica bem próximo a estação, e deixamos nossas malas no luggageroom. Como tínhamos o Bayern Ticket comemos batata frita na estação de trem e de lá fomos para Dachau. É rápido e fácil chegar lá, pra quem não sabe nada de alemão é só seguir os muitos turistas que todos vão para Dachau. Lá é bem grande, tem um museu pudemos ver como era o campo de concentração, as camas, câmaras de gás, entre outros. Isso foi à tarde, o passeio lá demorou umas 2h. De lá voltamos ao albergue, colocamos nossas coisas no quarto (bem grande, com pia e TV,. tudo em alemão!), banheiro compartilhado e que infelizmente sempre estava gelado, parecia que deixavam a janela aberta, mas bem limpo,e fomos a uma pizzaria e restaurante que tem na esquina do albergue chamada C’a D’oro, muito boa. A pizza é bem gostosa, assim como as italianas da Itália, e só tem italiano no local, adorei treinar meus italianos novamente, muito simpáticos eles, um conhecia o Brasil mais que a gente. Italiano falando alemão é muito engraçado. De lá demos uma volta pela cidade, a via principal leva até a Rathaus e é bem movimentada.
Resolvi terminar de escrever o relato somente um ano depois, por isso não lembro detalhadamente o que fizemos.  A cidade é bem bonita e tem muita coisa para ver. Gostei muito da Rathaus, do Allianz Arena (gigante) e do Deutsches Museum (amei muito, um dia é pouco para ver tudo).  Fomos também para o castelo Neuschwanstein, um passeio que vale muito, muito a pena. É lindo o castelo, a paisagem, tudo. Chegar lá é fácil, na estação de trem eles ensinam direitinho.
Um bar muito bom que nós fomos é o Abseits Rock bar, Fica perto de uma estação do metro, fácil de chegar. Nesse bar só toca metal e a cerveja é Franziskaner , muito boa. No ano novo esperamos a contagem na Rathaus, não teve nada, nem fogos pagos pela prefeitura, o que teve de fogos foi o que o pessoal soltou. Depois fomos para o bar e ficamos lá até 6am, quando o metro volta a funcionar.
Infelizmente esse não foi detalhado como os outros.
Avaliação de Munique:

Arquitetura: 4
Comida: 4
População: 5
Organização: 5
Segurança: 4
Natureza: 3
Custos: 3







TAX FREE 
Na Europa existe o Tax Free. Quem é turista pode pedir reembolso das taxas, para isso tem que pedir o Tax Free em todas as compras que for possível. Cada país tem suas regras, é só procurar no google mesmo. Mas vale a pena viu, pegamos de tudo.
Mas foi super complicado conseguir isso! Estávamos em Munique e tínhamos que pegar os carimbos na alfandega das coisas que não iriam na mala de mão. Nosso voo era 6h se não me engano e quando chegamos no aeroporto (21h) a alfandega já estava fechada (aliás, o aeroporto de Munique é super tranquilo pra dormir!). O povo da cia aérea assegurou que às 4h estaria aberta a alfandega e o guichê pro check-in. Que nada, conseguimos fazer o check-in só 4:30h e fomos correndo pra alfandega. Chegamos lá, ninguém. Esperamos um pouco então meu marido foi perguntar aos seguranças, e eles afirmaram que já devia estar aberto e foram atrás dos funcionários da alfandega. Uns 15min depois chegou um cara super mal humorado e super grosso. Colocamos lá as notas do que iríamos despachar na mala e abrimos as mochilas pra mostrar tudo. Mas tínhamos comprado tudo na Itália. Aí foi o tempo todo ele perguntando o que estava nas notas (já que estava tudo em italiano), pedia pra ver (nem via quantidade) e carimbava. No final como eram muitas notas e ele não sabia o que estava escrito nelas, ele carimbou tudo e pronto. 
Dos produtos que estavam na bagagem de mão devíamos pegar o carimbo em Portugal, mas lá novamente não tinha ninguém na alfandega. Desistimos de pegar desses pois só tínhamos 1h em Lisboa e só era dos óculos. Depois que vimos que se tivéssemos colocado todos como se fossemos despachar tudo, o cara na Alemanha teria carimbado todos!
Enviamos pelos correios já aqui no Brasil. Acho que foi 2 reais cada carta. Demorou um pouco, enviamos em janeiro e só terminamos de receber o dinheiro em maio, tudo depositado na nossa conta.
Apesar do nervoso por causa do tempo valeu a pena, recebemos quase 500 reais de volta! Mas também pegamos nota de tudo que dava pra pegar!
Não deixem pra pegar o carimbo em cima da hora, pode não dar tempo. Várias pessoas que estavam na fila em Munique atrás da gente desistiram pra não perder o voo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Columbus, OH e Ciência sem Fronteiras

Em janeiro vou para Columbus (Ohio) na Ohio State University e ficarei 10 meses lá no Doutorado Sanduíche. Recebi bolsa do programa Ciência sem Fronteiras e vou para lá. Vou sozinha, o marido e o cachorro vão ficar aqui em Brasília. Já estou com saudades daqui.
Por isso o blog passará a ser sobre a minha estadia lá e viagens pelo país.
Até janeiro pretendo postar sobre Munique, e se der sobre nossa viagem apara a Venezuela.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Salzburg – 24º, 25º e 25º dias


No dia 26/12 partimos cedo para Salzburg, 3h de viagem. O trem estava lotado, e nós sem assento marcado pois na hora que você compra na máquina não é marcado automaticamente na hora da compra...inteligente não?! Por isso sentamos separados. Nos assentos reservados tem escrito o destino da pessoa, não sentem nesses. Depois da viagem chata e demorada (o trem era muito lento!) chegamos a Salzburg. Tudo fechado. Chegamos facilmente ao YOHO Hostel. O quarto era mais ou menos, meio apertado, e só um banheiro feminino para o andar inteiro. Internet somente no lounge, cozinha usável somente das 11h as 17h, pois serviam jantar lá. Caro por sinal, não comemos lá nenhum dia. Fizemos um esquema lá, pois ainda tínhamos queijo e pão comprados em Viena, cerveja, e nada de geladeira. Colocamos então na janela do quarto e deu certo, ficou tudo gelado, hahaha. Descansamos um pouco e fomos andar pela cidade. Só McDonald’s e Kebab abertos, tem um perto da estação, o resto tudo fechado.  Como tudo estava fechado tivemos que comprar água em uma loja de conveniência de posto de gasolina. A noite fomos a um restaurante chamado ???????, onde o Wendell comeu pizza e eu o schnitzel, prato típico deles que é salada, batatas e carne de porco bem fina a milanesa. É gostoso. Demos uma volta pela cidade e voltamos ao albergue.
No outro dia fomos andar pela cidade. Começamos seguindo o roteiro do mapa do hotel mas depois desistimos e simplesmente saímos andando pela cidade. Vimos algumas igrejas, praças, o teatro, andamos na beira do rio, atravessamos a ponte e andamos mais. Estava bem movimentado, muitas lojas, bem caras por sinal. Lá tem muita igreja, mas já tínhamos entrado em tantas que nem entramos em nenhum lá. Resolvemos então subir na Fortaleza de Hohensalzburg, no Mönchsberg que é uma montanha e tem vários outros pontos, como o Museu de Arte Moderna e várias casas. Dá para subir ao forte de funicular, que é caro, ou a pé. Fomos a pé. Uma subida cansativa. Mas para entrar no forte tinha que pagar, caro, decidimos não ir e fomos andar pela montanha. Lá encontramos um mirante com uma vista linda do outro lado da cidade, do forte e de várias montanhas. Andamos muito lá, vários pontos com a vista muito legal! Mas para descer foi uma dificuldade. Já tínhamos nos afastado muito do forte e era longe voltar até ele para descer. Tinha placa de algumas saídas mas todas muito confusas! Fomos por uma com uma placa de aviso que ir por lá era por conta e risco da pessoa, tinha bastante neve nela. Era uma escadaria enorme. Quando chegamos no final, já na cidade, não conseguimos sair pois estava tendo uma obra bem na saída da escada e não tinha como a gente passar. Muita sacanagem, não tinha aviso nenhum disso lá! Alias, tudo estava escrito em alemão! Subimos tudo de novo, e na subida encontramos outros desavisados como nós, que também tiveram que voltar. Rodamos mais e achamos outro caminho como esse, com aviso, mas resolvemos arriscar. Essa saída, ainda bem, não estava bloqueada. Voltamos ao hostel exaustos, dormimos, e a noite fomos ao shopping da cidade. Um andar do Allameda Shopping tem mais lojas que ele, sem brincadeira! Muito pequeno. Tinha uma loja de videogame e o Wendell fez a festa, os jogos eram bem baratos, compramos jogo de PS3 por 4 euros! Como não tinha nada, voltamos pro hostel e aprendemos a jogar O Poderoso Chefão (está em alemão, demorou ler e entender as regras).
No terceiro dia ficamos só de bobeira andando pela cidade, bem tranquilamente. Queríamos ir esquiar, mas ficaria muito caro e fiquei com medo de me machucar... bem no fim da viagem não dá né. A noite ficamos só no hostel e arrumamos nossas coisas para ir para Munique cedo no outro dia. Compramos o Bayern Ticket, que custa 28 euros para até 5 pessoas e é válido por um dia, vale muito a pena pra quem viaja acompanhado.
Mais um coisa sobre a cidade: parecia uma viagem no túnel do tempo. O povo se veste muito mal, tinha anos 70, 80... e mullets, muito homem com mullet! Pena que não tiramos foto.

Avaliação de Salzburg:
Arquitetura: 3
Comida: 3
 População: 2 (fechados mas não tão mal educados)
Organização: 4
Segurança: 4
Natureza: 4
Custos: 3
Salzburg numa frase:  "Impressionante vista de seu castelo"





terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Viena – 20º, 21º, 22º e 23º dias

Saímos de Bratislava cedo, umas 9h e pegamos o trem para Viena. A viagem demora 1h e 30min e a estação final, a que descemos, foi a Südbahnhof. Lá pertinho tem uma estação de metro, que pegamos até a estação Westbahnhof, estação perto do albergue que ficamos. Ficamos no Wombats – The Lounge, que fica muito perto mesmo da estação de metro. O staff era legal, bem grande, muita gente nele, mas a internet era terrível. Nosso quarto só ficaria pronto às 15h e por isso deixamos as mochilas no luggageroom e fomos dar uma volta pela cidade, andando pela MariahilferStraBe (colocar símbolo). Nessa avenida tem muitas lojas de roupas e livrarias. Os livros lá eram muito baratos, assim como brinquedos. Paramos em algumas lojas e voltamos ao albergue a tarde para dormir, mas nesse curto passeio pudemos perceber que a arquitetura da cidade é parecida com Budapest e Bratislava, e que o chocolate Mozart é bem famoso por lá. A noite decidimos ir a uma pizzaria indicada no mapa do Hostel e depois ir ao SchlossSchönbrunn. A pizzaria fica relativamente perto do hostel e se chama Mafiosi, mas a decoração não tem nada a ver com máfia, nada mesmo, e sim com pesca. Pedimos para cada uma pizza e uma taça de vinho lambrusco, mas logo depois o garçom nos trouxe somente uma taça de lambrusco e a outra de outro vinho, dizendo ter acabado o mesmo, falha deles. A pizza era grande, gostosa e o preço bom, mas o garçom era mal-educado (como os vienenses em geral, como viemos a perceber mais tarde) e nem agradeceu quando pagamos! Por isso resolvemos não voltar mais lá, e não indico. Fomos a pé ao Schönbrunn e qual foi nossa surpresa ao descobrirmos que lá tinha um mercado de natal! Mas nem comprei nada, tudo caro! O castelo é bem bonito, mas não achei isso tudo que eu tinha lido. Na volta para o hostel percebemos como a cidade é morta, numa avenida enorme poucos carros na rua e gente menos ainda. Parece cidade do interior nesse aspecto.
No segundo dia resolvemos ir ao zoológico e ao museu de história natural, já que dia 24 e 25 ficamos sabendo que nada funcionava e eram os locais que eu (Marcela) mais queria ir. O Schönbrunn Zoo fica uma estação de metro depois do Schloss Schönbrunn. Aliás, vale a pena comprar o passe de metro pra 24h ou 48h. Ficamos umas 3h no zoo, ele é bem grande e com muito animal diferente que não tem no zoológico daqui de Brasília, como urso polar, pinguim e panda. O legal é que em muitas jaulas tem somente um vidro nos separando dos animais, e dá para vê-los bem de pertinho mesmo, pudemos ver o tigre muito próximo. O ruim é que todas as informações estavam em alemão. O panda gigante é muito fofo, parece mesmo um urso de pelúcia, e os pinguins são os mais engraçados. De lá seguimos para o Museum Quartier e depois para o Naturhistoriches Museum. Em frente a fica tem uma praça com uma estátua (acho que era do Franz Joseph, oIstvan de Viena) e do outro lado o Kunsthistorisches Museum, que não chegamos a ir mas é um museu de arte.  O Naturhistoriches  Museum é enorme, e estava tendo a exposição Corpos, mas de vários animais em vez de só ter homens como a que veio aqui. Muito legal, tinha gorila, cavalo, girafa e até elefante! Dessa fomos andar realmente pelo museu, muito legal, várias coisas interativas, muitos fósseis, objetos encontrados em escavações, bonecos de animais extintos e vários animais empalhados, muitos mesmo. Tinha também a parte de rochas, mas que passamos rápido pois não nos interessava. Ficamos lá muito tempo e tivemos que fazer correndo ainda, um dia é o mínimo para se conseguir ver tudo no museu. O ponto negativo, e muito negativo mesmo, é que a maioria das explicações era somente em alemão. Precisava da ajuda do Wendell, mas ele também não conseguia entender tudo. Voltamos para o albergue e a noite saímos novamente. Resolvemos ir numa livraria comprar o jogo de tabuleiro do Poderoso Chefão, e como faltavam 5 minutos pra livraria fechar ficavam anunciando no alto-falante que ia fechar e começaram a fechar a mesma, praticamente nos expulsando, e quando deu 20h pontualmente fecharam as portas! Antevéspera de natal e tudo fechado cedo! Lá abrem tarde e fecham cedo as lojas. Depois disso fomos para a Karlplatz (não m lembro o nome) onde estava tendo um mercado de natal bem grande a animado, o local era bem bonito com uma igreja ao fundo (?). Estava tudo animado quando de repente as lojas começaram as fechar, as 22h em ponto! Eu estava em uma das barracas comprando a famosa torta sacher e a mulher fechando a barraca na nossa cara! A gente querendo comprar e eles fechando mesmo. Depois percebemos que isso é na Áustria e na Alemanha (nos outros países não chegamos a verificar isso), se você está dentro da loja e deu a hora de fechar, eles simplesmente desligam todas as luzes e fecham a porta esperando você sair! Um absurdo, e fecham porta na cara também. Mas na hora de abrir nunca abrem na hora, sempre atrasados. Teve loja que entramos e os atendentes estavam todos tomando café, no trabalho...será que parece com o povo daqui do café no corredor na hora do trabalho?! Voltando a torta, achei ela boa mas nada de extraordinário, muita propaganda, isso sim. Mil vezes os doces italianos.
No outro dia fomos cedo as livrarias que queríamos comprar livros e ao mercado. E tudo abrindo mais tarde do que o horário de funcionamento da porta, ham! Tivemos que ir bem cedo pois tudo fecharia as 12h por ser véspera de natal... já falei que ninguém lá quer saber de trabalhar? Depois de feitas as compras pra nossa ceia no hostel (pão, queijo, macarrão, cerveja, redbull e  vinho) fomos então ao Hofburg Palace, demos uma volta pela região, vimos a catedral e voltamos para ir ao Museu de Armas e Armaduras, que fica no mesmo local que o Ephesus e o de instrumentos musicais. Chegamos e estavam já fechando o museu, mas no falaram que iria funcionar no dia 25/12. Voltamos então para o albergue, já que tudo estava fechado. O nosso natal foi beber cerveja e vinho, jogar sinuca...foi legal!
No dia 25/12 fomos obrigados a tomar café só às 11h, já que o McDonald’s só abriu nesse horário. Dessa vez conseguimos visitar o museu de armas, muito legal. Tem armaduras e armas muito antigas e de vários locais. A armadura medieval devia ser horrível de usar! O de instrumentos musicais é sem graça e o Ephesus também, por isso só demos uma passada neles. Nesse dia estava muito frio, nevando e ventando muito, um vento frio! De lá fomos a Opera de Viena, por fora legal mas nada extraordinário, e seguimos para o Belvederegarten, que não tem nada de legal, talvez por ser inverno, não sei. De lá, num frio de rachar, voltamos ao albergue e arrumamos nossas mochilas para irmos então a Salzburg no próximo dia pela manhã. A passagem mais cara de toda a viagem, e nem era trem rápido que nem na Itália!


 
E cuidado com os pés e braços em Viena. O povo parece que traça uma linha reta até o destino e sai andando e atropelando todo mundo, levei diversos esbarrões e nenhum pedido de desculpas. Na Westbahnhof estava uma beleza, só algumas maquinas de comprar ticket funcionando e menos ainda que aceitassem cartão, povo mal educado, as coisas são desorganizadas e os atendentes te atendem numa animação que se der um peteleco neles, eles caem mortos.
Avaliação de Viena:
Arquitetura: 4
Comida: 2 (comida até legal, mas o atendentes deixavam até a gente desanimado com aquelas caras)
População: 1 
Organização: 4
Segurança: 4
Natureza: 4
Custos: 3 (mais em conta que imaginávamos)

Viena numa frase:  "Belas construções, belos parques"